Da Redação
Cultura Multimídia

O Teatro Municipal José de Castro Mendes foi inaugurado em 5 de dezembro de 1974, na administração do prefeito Lauro Péricles Gonçalves. O local, onde anteriormente funcionava um cinema, foi inspecionado em 1° de abril deste ano e começaram os trabalhos de contratação e licitação. A Secretaria de Infra-Estrutura é a responsável pela obra, que está prevista para acabar em janeiro de 2008.
Em uma conversa descontraída, por telefone, dada às integrantes do grupo pelo Coordenador Setorial de Teatros e Auditórios, Ricardo Pereira da Silva, há nove anos nesta função, já era previsto a reforma, neste ano de 2007, dos teatros de Campinas (Castro Mendes, na Vila Industrial, Teatro da Vila Padre Anchieta e Carlos Gomes, no Cambuí) e, após uma vistoria, constatou-se que o Castro Mendes precisava, com mais urgência,” de uma reforma se comparado aos outros teatros da cidade.
O teatro estava em uma situação precária – pois sua última reforma fora há dez anos –, com ar condicionado quebrado, fiação elétrica antiga, teto sobre a platéia com cupim, camarim deteriorado, problemas na iluminação e na acústica, carpete também antigo, etc. e, além de a reforma ser necessária para maior segurança e conforto do público, as condições em que o teatro estava prejudicava o desempenho do artista e comprometia a qualidade do espetáculo, conforme alegaram, aos jornalistas do Correio Popular, os atores Marco Ricca, Glória Menezes e Denise Fraga durante o período de apresentação da peça Ricardo III, em março deste ano.
Não somente este ano, mas também em 2002, mais críticas foram feitas; ainda segundo o jornal Correio Popular de 5/4/2007, “o diretor Miguel Falabella desistiu de trazer a peça South American Way para Campinas, alegando que as casas de espetáculo públicas da cidade não ofereciam boas condições técnicas”.
Paralelamente à essa reforma – que, além desses itens acima mencionados, trará novas mudanças como a retirada de 22 acentos para a inserção de lugares especiais para pessoas deficientes, o remanejamento da bilheteria e sua informatização, e a construção de uma área vip

ao lado esquerdo da platéia para convidados e nomes importantes da cidade – os outros dois teatros também estão em mudanças; de forma a complementar a qualidade do teatro, há também um projeto de reforma na praça localizada em sua frente. “Estamos com esse projeto para criar uma melhor impressão assim que o espectador chegar na rua”, comenta Ricardo.
Em novembro de 2005, porém, foi inaugurado, no Shopping Dom Pedro, o Teatro Tim; um teatro com boa infra-estrutura, apesar de consideravelmente menor (334 lugares). Entretanto, segundo Alexandre Farinha, supervisor do teatro Castro Mendes, o fechamento deste para reforma de maneira alguma acarretou desvios de peças para o Teatro Tim devido à tradição que o primeiro possui. “Quando uma peça está em turnê pelo Estado de São Paulo”, conta, “ela geralmente passa pela capital, por Santos, Ribeirão Preto e, quase obrigatoriamente, por Campinas, sendo apresentada aqui no Castro Mendes porque é um teatro com um amplo e alto espaço cênico, essencial para grandes produções”.

As apresentações já marcadas para este final de semestre foram transferidas para o Teatro Luís Otávio Burnier, no Centro de Convivência. Em uma entrevista ao Correio Popular de 3/4/2007, o secretário interino de Cultura, Esportes e Lazer e coordenador do Departamento de Comunicação da Prefeitura, Francisco de Lagos, disse que entraria em contato com os produtores para esclarecimentos.